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Registro de autoridad
Alfredo Adolfo Beck
Persona · 16/11/1912 - 04/09/2002

Alfredo Adolfo Beck nasceu em 16/11/1912 em Ijuí (fundada em 1890), Rio Grande do Sul, Brasil e era o filho caçula do casal Clotilde Tarka e Carlos Germano Beck. Alfredo recebeu o conhecimento fotográfico do pai, assim como seus irmãos e se dedicou por toda a vida à fotografia, iniciando seu trabalho como fotógrafo aos 12 anos de idade. No estúdio da família, Alfredo atuou por muitos anos e em 1926, quando seu pai faleceu, passou a administrar o negócio com os irmãos Carlos Henrique e Walter Hugo, mas após 1940 foi assumindo a total responsabilidade pelo estúdio, encerrando as atividades em 1980. Por um curto período de tempo, ele atuou em Três de Maio (1935-1937) e em Cruz Alta. Nesta última cidade, junto com seu irmão Jorge Alberto, que abriu um estúdio após o falecimento do pai em Ijuí. Alfredo casou-se com Nadir Zimmermann em 30/11/1943 e tiveram dois filhos: Rita Terezinha e Carlos Alberto. O fotógrafo também exerceu outras funções, atuando na política como membro no Integralismo da região Noroeste do estado, registrando muitas imagens desse movimento. Também foi voluntário no Museu Antropológico Diretor Pestana exercendo várias atividades, principalmente com relação ao acervo fotográfico preservado na instituição, incluindo sua participação como presidente da Associação de Integração Museu-Comunidade (atual Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana), a partir de 1983. Alfredo faleceu em 04/09/2002.

BAUKEN
Eduardo Jaunsem
Persona · 1896-1997

Eduardo Jaunsem nasceu no dia 11 de fevereiro de 1896 na cidade de Liepaja, na Letônia, e chegou no Rio Grande do Sul, – Brasil em maio de 1914. Jaunsem residiu nas proximidades da colônia de Ijuhy, na Linha 11, Leste, região rural, na qual onde exercia a função de agricultor e nos momentos de lazer, fotógrafo. No país, sua principal atividade foi a agricultura, mas cultivou sua paixão pela fotografia, o que repercutiu na produção de diversas imagens da zona rural, suas paisagens naturais e cotidiano do homem no campo. Jaunsem viveu até 101 anos de idade e no período de 1974 a 1986, gradativamente, decidiu -se por doar seu acervo para preservação ao Museu Antropológico Diretor Pestana. Sobre a prática fotográfica exercida por Jaunsem:
"[...] desenvolve uma experiência original tanto como fotógrafo autodidata como pelo caráter lúdico de sua produção, ao registrar o meio em que vive, a compreensão que tem desse meio, suas emoções. Visualiza a contribuição dos imigrantes, em especial dos letos, enquanto produtores agrícolas e construtores da nova sociedade” (Marques; Grzybowski, 1990, p. 11).

Embora Jaunsem deixasse a fotografia como uma função secundária para não se descuidar da propriedade rural, não deixava de contribuir para o sindicato dos fotógrafos e atualizar seus equipamentos na capital (Porto Alegre), havendo ocasiões em que era procurado na região para retratar casamentos, festas, piqueniques, entre outros eventos sociais da época. No entanto, Seus registros favoritos, no entanto, eram as paisagens, incluindo lavouras, algumas culturas agrícolas, as atividades dos colonos e elementos da natureza, tais como cachoeiras, bosques, a terra e as nuvens do céu. Seu gosto pela “natureza e o homem cotidiano é uma possibilidade de aproximar suas obras com as tendências do pictorialismo e mais tarde da fotografia moderna” (Canabarro, 2011, p. 160).

Referências:
CANABARRO, Ivo dos Santos.. Dimensões da cultura fotográfica no sul do Brasil. Ijuí: Ed. Unijuí, 2011. (Coleção Museu Antropológico Diretor Pestana).

MARQUES, Mario Osorio; GRZYBOWSKI, Lourdes Carvalho. História visual da formação de Ijuí, Rio Grande do Sul. Ijuí: Ed. Unijuí, 1990. (Coleção centenário de Ijuí; n.7).

Família Beck
Familia · Séculos XIX e XX

A família Beck tem seu reconhecimento pelas atividades fotográficas que exerceu, iniciadas com Carlos Germano Beck, imigrante da Alemanha que se instalou no Rio Grande do Sul, Brasil, em 1896 . Primeiro, Carlos Germano e sua esposa Clotilde Tarka Beck, provisoriamente permaneceram em Silveira Martins e Cruz Alta, posteriormente, em 1897 foram residir na Colônia Ijuhy (atual município de Ijuí fundado em 1890), na Linha 2, Leste, próximo ao núcleo urbano da colônia e atuaram na agricultura e criação de pequenos animais. O casal teve oito filhos: Jorge Alberto, Reinaldo Otto, Carlos Henrique, Olga Anna, Willy Frederico, Ema Elsa, Alfredo Adolfo e Walter Hugo. A propriedade rural era administrada, principalmente por Clotilde, os filhos e empregados assalariados da família, enquanto Carlos trabalhava como fotógrafo itinerante, tanto pelas redondezas, como em regiões mais distantes do estado, viajando até por um mês, sem retornar para casa. Primeiramente, no mesmo ano em que chegou à colônia, Carlos começou a produzir fotografias sobre o local, cujo laboratório e o estúdio ao ar livre, instalados na propriedade, atendiam a população local que se afirmava econômica e socialmente . O fotógrafo ensinou o ofício aos filhos, que deram continuidade às atividades no estúdio, onde em 1908, a família deixou a propriedade rural para viver integralmente da fotografia no núcleo urbano da colônia, ainda com o estúdio na própria residência ao ar livre e realizando trabalhos itinerantes. Em 1916, Carlos abriu o primeiro estúdio em ambiente fechado e exclusivo às atividades profissionais, na principal rua da cidade, tornando-se referência no ramo e posteriormente, em 1920, o atelier foi transferido próximo à praça central da cidade. O nome dado ao estúdio foi “Germano Beck & Filhos”, com aperfeiçoamento das técnicas como o retoque, a coloração em negativos e imagens reveladas, confecção de álbuns e quadros, inclusive, o filho mais velho, Jorge Alberto participou de um curso ministrado por Virgilio Calegari (1868-1937), um dos profissionais de destaque no cenário fotográfico no Rio Grande do Sul. Após falecimento de Carlos, em 1926, os filhos passaram a administrar o negócio, principalmente por Alfredo Adolfo, Carlos Henrique e Walter Hugo, pois os demais, Reinoldo Otto e Willy Frederico passaram a exercer outras atividades no comércio, por fim, Jorge Alberto passou a atuar como fotógrafo em Cruz Alta. Na década de 1940, o atelier contava com empregados externos, devido ao falecimento gradativo dos irmãos, restando apenas Alfredo Adolfo, que assumiu a direção do espaço até 1980, ano em que encerra as atividades como profissional e fotografando eventualmente. Conforme relatório de atividades de 1975 e outros documentos do MADP, menciona-se o estúdio que Alfredo administrava como “Foto Beck”.

Fonte:
CANABARRO, Ivo dos Santos.. Dimensões da cultura fotográfica no sul do Brasil. Ijuí: Ed. Unijuí, 2011. (Coleção Museu Antropológico Diretor Pestana).

Arquivo FIDENE/Museu Antropológico Diretor Pestana. Acervo MADP.

Gieseler
Familia
Ildo Weich
Persona

Natural de Palmeiras das Missões (RS), Ildo Weich começou a fotografar com 15 anos, sendo autor da bela fotografia da neve de 1965, registrada na Estação Ferroviária de Ijuí. Seu primeiro estúdio ficava no Cine América, que foi destruído por um raio, fato que o fez instalar outro, próximo à escola Ruizinho, o “Foto Cisne”. Weich também foi reconhecido por seu pioneirismo no processo fotográfico em cores.

Ildo Weich
Persona · Século XX

Natural de Palmeiras das Missões (RS), Ildo Weich começou a fotografar com 15 anos, sendo autor da bela fotografia da neve de 1965, registrada na Estação Ferroviária de Ijuí. Seu primeiro estúdio ficava no Cine América, que foi destruído por um raio, fato que o fez instalar outro, próximo à escola Ruizinho, o “Foto Cisne”. Weich também foi reconhecido por seu pioneirismo no processo fotográfico em cores.

João Ferreira Filho
Persona · 11/02/1929-15/03/2004

João Ferreira Filho nasceu em Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, filho de João Ferreira de Souza e Josefa Nogueira de Queiroz. Sua caminhada espiritual começou quando foi batizado aos 14 anos, quando recebeu o Espírito Santo. Posteriormente, toda a sua família tornou-se cristã, sendo seu irmão mais velho designado a pastor.
Em 1945, João Ferreira Filho deixou a cidade onde nasceu e mudou-se para Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte. No ano seguinte, ingressou na Marinha de Guerra, transferindo-se para o Rio de Janeiro e iniciou o curso de economia. Em 1947, em função de uma transferência para o Estado do Rio Grande do Sul, João foi atuar na cidade de Uruguaiana pela Marinha e, posteriormente, em Barra de Quaraí e Porto Lucena. Devido à sua mudança, ele não conseguiu concluir o curso de economia, que estudou por três anos. Nos anos de 1948 e 1949, lecionou matemática para Cabos e Sargentos Fuzileiros Navais.
Foi em Porto Lucena que João conheceu Gesy de Vlieger, que viria a se casar em 13 de novembro de 1951 e em 1953 tiveram seu primeiro filho, Gerson de Vlieger Ferreira.
Em decorrência do nascimento do filho, ele retornou ao Rio de Janeiro para licenciar-se do serviço militar, fato que o levaria a deixar definitivamente sua carreira e servir integralmente à Igreja Assembleia de Deus. Sua consagração ao ministério pastoral foi em 25 de outubro de 1953, no município gaúcho de São Borja e quando servia como pastor em Santo ngelo, nasceu sua filha Lolete.
Em 1955, ele foi transferido para Tupanciretã, onde permaneceu por dois anos e nasceu seu terceiro filho, Gilson de Vlieger Ferreira.
Posteriormente, recebeu a transferência para São Sepé pastoreando por um ano, quando foi transferido para Santa Maria-RS, permanecendo por 14 anos. Nesta cidade, sua filha Ilizete e o caçula Gilvon nasceram.
Concomitante ao ministério pastoral, também concluiu o curso de enfermagem no Instituto Científico de Química do Rio de Janeiro em 1959, formou-se em teologia pelo Seminário Bíblico Latino Americano em São José, capital do país Costa Rica em 10 de Agosto de 1964 e pela Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus (EETAD).
Em março de 1972 assumiu a liderança como pastor na Igreja Assembleia de Deus de Ijuí, deixando um legado de 27 anos nesta congregação. Em 24 de outubro de 1998, o pastor recebeu o chamado para liderar a denominação em Porto Alegre até 2003, quando retornou a Ijuí para o tratamento de uma insuficiência renal. Ele recebeu o título de cidadão honorário de Ijuí (1980) e de Porto Alegre (2000).
Além do pastorado, também assumiu diferentes funções em instituições da denominação Assembleia de Deus: dez vezes como Presidente, uma vez como Vice-Presidente e seis vezes como 1º Secretário da Convenção das Igrejas Evangélicas e Pastores da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Sul (CIEPADERGS); duas vezes como Membro do Conselho Administrativo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD); Presidente e Vice-Presidente da União dos Ministros das Convenções das Assembleias de Deus da Região Sul (UMADESUL); Vice-Presidente da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Brasil (CGADB).
Em decorrência de seu histórico de atuação na vida religiosa e membro da Igreja Assembleia de Deus, o pastor João foi homenageado diversas vezes em diferentes cidades e mesmo outros países, incluindo homenagem de líderes de renome da igreja, como o missionário Nils Taranger.
Sua esposa Gesy de Vlieger Ferreira atuou como professora, além de servir ao seu lado na igreja e atuar em ações filantrópicas, com destaque para o trabalho no Lar Bom Abrigo em Ijuí. Seus filhos Gerson e Gilvon se tornaram advogados, sendo o mais velho uma vez Prefeito e Vice-Prefeito de Ijuí, várias vezes Secretário de Administração, como também assessor jurídico da Câmara de Vereadores de Ijuí. Lolete se formou em Letras e História, atuando como professora em Santa Maria. Ilizete se formou em ciências, trabalhando no Banco do Brasil em Dois Irmãos e Gilson se tornou psicólogo.
O Pastor João Ferreira Filho faleceu aos 75 anos de insuficiência renal crônica e câncer. Ele foi sepultado no dia seguinte no Cemitério Municipal de Ijuí. Sua esposa Gesy faleceu aos 85 anos, em 26 de fevereiro de 2020 e também sepultada no cemitério público de Ijuí.

Fontes:
Transcrição do Documento JFF T 28 (biografia em anexo).
Histórico da Igreja Assembleia de Deus de Ijuí. In.: site da IAD de Ijuí. Disponível em: https://adijui.com.br/sobre/historia/. Acesso em: julho de 2021.

Discurso em Homenagem Póstuma ao Pastor João Ferreira Filho por Pastor Milton Cardias na Câmara dos Deputados, 23 de mar. de 2004. Disponível em: https://bit.ly/3iNBy52. Acesso em: 18/06/2021.

“8 anos sem o Pr. João Ferreira - EX Presidente da Convenção Gaúcha”, de 1 de abril de 2012 por Pr. Edinaldo Domingos. In: Blog do Pr. Edinaldo Domingos http://pr-edinaldodomingos.blogspot.com/2012/04/8-anos-sem-o-pr-joao-ferreira-ex_01.html. Acesso em: 18/06/2021

Homenagem e nota de falecimento de Gesy de Vlieger Ferreira. In: Site Rádio Progresso de Ijuí. Disponível em: https://www.radioprogresso.com.br/com-amplo-trabalho-filantropico-em-ijui-gesy-ferreira-morre-aos-87-anos/. Acesso em: 18/06/2021.